Tenho lido e buscado entender essa questão dos vídeos que "amigos"/"ficantes"/"ex-namorados" enviam um ao outro. Entendo o desejo de ver o outro em uma situação mais picante, afinal somos seres sexuais. Um ser humano deve ter prazer pelo outro ser humano e não por um animal (desculpem, mas sou anti-zoofilia). Lembrando que ainda assim não concordo com essa prática, ainda que a entenda.
Já é surpreendente esse desejo por colocar o outro em estado vexatório. Mas estou me deparando com algo que dificilmente entrará na minha cabeça, o prazer de reduzir o outro - a quem não conheço exceto pelo vídeo, e sempre é a mulher - ao estado de indignidade.
Já é surpreendente esse desejo por colocar o outro em estado vexatório. Mas estou me deparando com algo que dificilmente entrará na minha cabeça, o prazer de reduzir o outro - a quem não conheço exceto pelo vídeo, e sempre é a mulher - ao estado de indignidade.
Uma menina de 14 anos que entendeu-se errada e viu a dor que causou a família após cair em um desses vídeos feito com o ex-namorado e um amigo, recebeu uma quantidade de hostilidades que possivelmente nem os mais cruéis criminosos tal como Hitler, Stalin, Darth Vader e aquela mulher da novela das 8, que começa ás 9 e termina ás 11 nunca receberam - e nem deveriam, ainda assim.
Há em nós uma maldade implícita que hoje tem ganhado liberdade para tornar-se completamente explícita.
Me lembro de ter participado de uma das edições do Anime Friends (talvez o 2007) e lembro que naquela edição houve a polêmica presença de duas "meninas de toalha". Lembro de como várias pessoas adoraram ver aquilo, mas como depois do evento elas foram massacradas e destruídas por optarem pela "fantasia" - que no mínimo revela a falta de noção delas e dos pais.
Nós temos vivido em uma triste época onde não somos felizes em somente criticar o outro, mas precisamos crucificar. E após, ainda precisamos ter certeza que não haverá ressurreição. "Oh miserável homem que sou, quem me livrará do corpo dessa morte", diria Paulo, o apóstolo. "Pobre diabo é o que sou!" diria o pessoal do IRA!, na voz doWolverine Nazi.
Me lembro de ter participado de uma das edições do Anime Friends (talvez o 2007) e lembro que naquela edição houve a polêmica presença de duas "meninas de toalha". Lembro de como várias pessoas adoraram ver aquilo, mas como depois do evento elas foram massacradas e destruídas por optarem pela "fantasia" - que no mínimo revela a falta de noção delas e dos pais.
Nós temos vivido em uma triste época onde não somos felizes em somente criticar o outro, mas precisamos crucificar. E após, ainda precisamos ter certeza que não haverá ressurreição. "Oh miserável homem que sou, quem me livrará do corpo dessa morte", diria Paulo, o apóstolo. "Pobre diabo é o que sou!" diria o pessoal do IRA!, na voz do
Precisamos aprender que o erro do outro, poderia ser o meu. Isso é olhar no espelho, pois no fundo, a posição em que eu gostaria de estar não é a do juiz, mas a do réu em sua sensação de clímax. Olhando assim, talvez - e só talvez - nos tornemos melhor humanos e menos bichos.