Quando pensamos em conversão, pensamos numa mudança de atitude. Num jeito novo de viver.
É fato que quando somos chamados e seduzidos pelo evangelho, queremos que nossas atitudes demonstrem isso. Porém, nosso discurso tem sido tão focado na mudança de atitudes, que esquecemos que não é somente isso que deve mudar.
Além das nossas ações, também devemos mudar nossa mente. Além de agir como Cristo nos fala, devemos também pensar como Cristo.
Não é incomum ouvir o discurso dos convertidos, baseado nas atitudes puramente corretas e irrepreensíveis. Gastamos de 20 a 50 minutos de nossos cultos, ouvindo a pregação de um homem que nos exorta a agir corretamente SEMPRE.
Isso tem produzido uma igreja legalista, que só permite o céu aos que nunca erram, aos perfeitos. Somente aceitamos os inteiros, nunca os machucados.
Aceitamos aqueles que sabem esconder seu pecado. Respeitamos o mentiroso, mas retemos os homossexuais. Conversamos com os opressores dos pobres, mas repudiamos as prostitutas. Comemos a mesa dos Gulosos, mas não suportamos os viciados sexuais.
A Igreja precisa saber o que é amar o oprimido, o excluído e o marginal, como Cristo fez com a mulher com fluxo de sangue (uma impura), com o cego Bartimeu (um amaldiçoado), com a samaritana no poço (digna do inferno), com Zaqueu (um ladrão a mando de Roma) e o fez até a cruz, com o ladrão que morreu ao seu lado.
Precisamos nos converter a mente de Cristo.
(publicado no dia 10/11/2010)
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