segunda-feira, 26 de abril de 2010

Pai Nosso - a oração entalada!

O pai nosso é a base e o modelo do nosso ato de falar com Deus.
Esta oração de jesus é tão essencial, básica e necessária, que talvez seja um dos assuntos mais escritos e mais controversos existente nesses 2 milênios cristãos.
Quando Jesus exemplificou esta oração, rompeu uma barreira. Trouxe um Deus que é pessoal. Deus sai da postura de divino para pai, de distante para presente.
Quando oramos "PAI NOSSO" mostramos a intimidade e o respeito a Deus.
Já nas palavras "SANTIFICADO SEJA O TEU NOME", começamos uma expressão de louvor a Deus. Declaramos o nome Dele como SANTO, não por necessidade de Deus, mas por amor e servidão da nossa parte ao Deus que é Senhor e ao mesmo tempo Pai.
Agora talvez não aja aprendizado maior dentro desse texto do que nas palavras "VENHA O TEU REINO", onde não estamos dizendo "Deus nos leve até onde tu estás", mas estamos pedindo para que o reino de Deus se faça AQUI na Terra.
E que declaração de louvor melhor do que "SEJA FEITA A TUA VONTADE, ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU"? Não é essa uma expressão de louvor a Deus, reconhecer que a vontade Dele deve ser feita, e não a nossa vontade pessoal ou coletiva?
Até aqui todas as palavras são ligadas a realidades espirituais. Focadas em Deus, em render glórias ao Seu nome. Porém é engraçado que Jesus mostra o interesse de Deus em conhecer nossos pedidos, pois declaramos "O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DÁ HOJE".
A falta do pão não nos causa uma fome espiritual, mas sim uma fome real.
A dor da fome não é algo curável após uma reunião de oração de 3 ou 5 horas, pelo contrário, são essas reuniões que mais geram fome.
A preocupação de Jeus em incluir esse pedido, nos revela que devemos pedir a Deus as nossas necessidades, sem medo e sem vergonha.
E depois de se preocupar com nossa fome, Jesus joga uma brasa quente nas nossas mãos quando chegamos ao "PERDOA NOSSAS DÍVIDAS ASSIM COMO TEMOS PERDOADO A QUEM NOS DEVE". Esse trecho justamente pede a Deus o uso dos mesmos pesos e mesmas medidas que temos utilizado com as pessoas. Cada vez que chegamos a esse ponto, devemos nos perguntar quem e como temos perdoado.
Voltamos a nos preocupar conosco dizendo "NÃO NOS DEIXE CAIR EM TENTAÇÃO, MAS LIVRA-NOS DO MAL". Quem quer passar fome? Quem quer sofrer a morte? Queremos todos o alívio e a proteção de Deus contra o mal.
E Jesus não pode terminar de outra forma a oração base, lançando mais do que uma expressão de louvor, uma JUSTIFICAÇÃO DE LOUVOR, afinal a declaração "POIS TEU É O REINO, O PODER E A GLÓRIA PARA TODO SEMPRE" justifica que tudo que foi pedido está justamente endereçado aquele que pode realmente fazê-lo.
Toda essa oração modelo aponta para a proximidade e a glória de Deus, podemos pedir porque Ele quer nos ouvir. Podemos glorificar, porque reconhecemos as suas atitudes no dia-a-dia.
O Pai Nosso nos permite olhar para a liberdade na fala que temos ao orar.
Afinal a oração é muito mais do que uma sequência de frases desconexas e sem padrão.
Mas é uma conversa de um Deus que quer nos ouvir, e também quer nos falar.

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