Dentro das igrejas, jovens constroem um nova "teoria dos relacionamentos", algo exportado, com o logotipo "MADE IN USA" na carenagem. Segundo essa "teoria", o namoro segundo os padrões de Deus é feito através da "Côrte". Muitas igrejas inclusive tem direcionado seus jovens a esta forma de relacionamento.
Já é conhecida a minha teoria da "correlação extrema", onde sempre teremos os dois extremos entre sociedade (mundo) e religião (igreja). Dentro dessa teoria, quando a sociedade propõe um valor (permissividade nos relacionamentos) a igreja precisa gerar um proposta suficientemente oposta (namoro, sem beijo, sem abraços muito longos, quase sem contato).
Um grande problema que essa "proposta" tem gerado nos jovens evangélicos (não estou usando cristão de propósito) é a obrigatoriedade da máscara do casal perfeito, que se ama e por isso espera. Na verdade, a aparência de um belo relacionamento, essa parede construída para mostrar uma "pureza sexual", quando realmente contemplada, revela quão perdidos os nossos jovens estão com essa cobrança.
Tenho acompanhado muitos jovens nessa realidade. Filhos e Filhas de pastores que vivem nesse mentira de côrte, mas que de verdade já vivem uma sexualidade suja e depravada, onde não há regras a não ser satisfazer o EGO.
A igreja evangélica vive de paredes religiosas, muros de "pureza" alienante, que nos isolam da sociedade, mas são facilmente penetráveis uma vez que nós fazemos parte da engrenagem desta sociedade. Ou nos deparamos com o espelho e mudamos a atitude dos "puros alienados" para os "humanos em mudança", ou continuaremos forjando máscaras que aprisionam e nos afastam do verdadeiro Evangelho, a essência do Cristianismo.
Sejamos Humanos.
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